
O Brasil estreou com vitória diante de Cuba na Copa dos Campeões nesta quarta-feira (18.11), no ginásio municipal de Osaka, no Japão. Comandados pelo capitão Giba e pelo levantador Bruno, os jogadores brasileiros conseguiram superar o forte saque do time latino e fizeram 3 sets a 2 (25/22, 24/26, 25/18, 23/25 e 15/10), em 1h58 de jogo. Nesta quinta-feira (19.11), a equipe verde-amarela continuará sua trajetória em busca do tricampeonato diante do Irã, às 2h30 (horário de Brasília).
Mostrando um leque grande de jogadas, Bruno se destacou também em outro fundamento além do levantamento: o bloqueio. O levantador brasileiro, que saiu de quadra como o maior bloqueador do jogo - marcou três vezes, assim como o meio-de-rede cubano Simón - apontou como o Brasil deve se comportar na Copa dos Campeões.
“Fizemos uma boa estreia. Enfrentamos um dos melhores times do mundo e tivemos dificuldade para superá-los. Sabemos que todos os jogos aqui são decisivos e, por isso, temos que melhorar. Para enfrentar o Irã, amanhã (quinta-feira), vamos tentar ser melhores no contra-ataque, que, para mim, não foi tão bem hoje”, afirma Bruno.
Sempre exigente, o técnico Bernardinho gostou da vitória, mas, assim como o levantador titular brasileiro, espera que, depois do primeiro jogo, o rendimento aumente.
“Estávamos sem ritmo. Treinamos apenas uma semana com o time completo e isso não é comum em nosso planejamento. Por ser o primeiro jogo, as duas equipes cometeram muitos erros. Quando enfrentamos Cuba, não podemos deixar eles próximos no placar. Se você não tem uma boa margem, os ‘mamutes’ acabam fazendo a diferença com um saque ou um ataque muito forte. A vitória foi boa, importante, mas poderia ser melhor”, afirma o treinador brasileiro, já pensando no próximo confronto.
“Começar ganhando é sempre importante, mas não podemos esmorecer na busca do título. Enfrentaremos o Irã nesta quinta e teremos que entrar em quadra concentrados. Não é só pelo fato de termos mais tradição que iremos vencer. O time da Cimed teve uma experiência ruim contra um time iraniano no Mundial de clubes e vamos usar isso como exemplo”, diz, Bernardinho.
Aliviado com a vitória diante dos rivais cubanos, o ponteiro Murilo destacou que o fator experiência foi fundamental para o sucesso do Brasil.
“Foi um jogo pesado, nervoso e irregular. Mas o que importa mesmo é a vitória. Ainda mais numa competição curta como essa. Não tivemos tanto tempo para treinar, mas jogamos juntos há muito tempo. Acabamos acertando alguns detalhes durante a partida. Nossa experiência foi importantíssima”, afirma Murilo, acompanhado do ‘chefe’.
“Eu diria que a nossa experiência foi o diferencial nessa estreia. Os cubanos possuem uma força física maior que a nossa, mas nos momentos decisivos nós soubemos matar o jogo”, encerra Bernardinho.
O maior pontuador do confronto foi o jovem ponteiro cubano Leon, de apenas 16 anos, com 22 pontos. Pelo time brasileiro, quem mais marcou foi o oposto Leandro Vissotto, com 18 acertos.
O JOGO
O Brasil começou melhor a partida, errando menos que Cuba, que buscava muito as bolas rápidas com o meio-de-rede Camejo. Mantendo a boa recepção diante do poderoso saque cubano, os brasileiros deixavam o levantador Bruno com a bola na mão, o que facilitou sua distribuição de jogo.
Tanto no primeiro tempo técnico quanto no segundo, o Brasil estava a frente no placar. O comando da partida só foi perdido perto do fim do primeiro set (17/18), mas por pouco tempo. Bernardinho promoveu a inversão do 5-1 e conseguiu fazer com que seu time fechasse: 25/22.
Na segunda parcial, Cuba voltou com o mesmo ímpeto no saque, mas estava melhor no bloqueio. Esse fator, somado à queda de produção da recepção brasileira, fez com que a partida se complicasse para o Brasil.
Brigando bastante, a seleção brasileira chegou a ter a oportunidade de fechar o set, mas desperdiçou o ponto. Sendo assim, Cuba aproveitou e fechou: 26/24.
No terceiro set foi a vez de Cuba errar bastante. O time latino esteve longe de ser o mesmo da parcial anterior e acabou facilitando a vida dos brasileiros: 25/18. No entanto, na parcial seguinte, o equilíbrio voltou a dar o tom da partida.
O jogo seguiu ponto a ponto para as duas equipes até o ponteiro Leon fazer a diferença. OP jovem talento cubano foi para o saque e acertou três aces seguidos, abrindo 22/19 para sua equipe. O técnico Bernardinho parou o jogo e conseguiu mexer com seus jogadores.
Na volta à quadra, o Brasil emplacou quatro pontos seguidos e virou: 23/22. Assim como no segundo set, os brasileiros perderam a chance de fechar o jogo, dando mais uma chance para Cuba, que fechou 25/23.
O tie break foi dominado completamente pelo Brasil. Mais experientes, os jogadores brasileiros não deram chances aos cubanos e fecharam 15/10.
EQUIPES
BRASIL - Bruno, Leandro Vissotto, Giba, Murilo, Rodrigão e Lucas. Líbero: Serginho.
Entraram: Théo, Marlon, Sidão
CUBA – Hierrezuelo, Sánchez, Leon, Leal, Camejo e Simón. Líbero: Gutierrez.
Entraram: Hernandez, Bell.
Fonte:www.cbv.com.br
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