
Principal estrela da Cimed e considerado um dos melhores jogadores do mundo, Giba só deverá voltar a jogar nos playoffs da superliga.
O jogador retornou da seleção com uma fratura por estresse na tíbia, resultado da sobrecarga de trabalho durante a fase de preparação para a Copa do Mundo. Com Dante contundido, Giba atuou em quase todas as partidas da competição. Foram 9 jogos em 15dias.
Luiz Fernando Funchal, médico do clube catarinense, afirmou categoricamente que o jogador será reavaliado em 45 dias, ou seja, em fevereiro. Portanto, Giba está praticamente fora da fase de classificação da superliga.
A contusão de Giba expõe novamente o problema de relacionamento entre clube e confederação.
Ao final do contrato de 12 meses, Giba terá recebido cerca de R$1,5 milhão da Cimed. Prejuízo técnico e operacional. Giba deverá fazer no máximo 10 jogos pelo clube até o fim da temporada.
Os clubes pagam salários de primeiro mundo para os jogadores. A lógica seria contar com eles a maior parte da temporada, mas não funciona bem assim. É na seleção brasileira que eles se sentem valorizados e fecham seus contratos milionários no Brasil ou exterior.
Os métodos e a filosofia de trabalho são diferentes. No clube, o atleta segue um rotina, na seleção, na seleção é completamente diferente. O jogador sofre.
Natália, do Rio de Janeiro, é mais um caso. Com tumor benigno na canela, Natália provavelmente vai perder toda a primeira fase da superliga e se voltar, será apenas para justificar o investimento.
A Cimed sabe da gravidade da situação de Giba e procura um substituto. No Brasil não existe ninguém que possa substituir Giba.
Marcos Pacheco, treinador da Cimed, não abre mão de reforçar o time.
Renan Dal Zoto, ex-jogador da seleção e diretor do time, tem ótimo relacionamento com Bernardinho, técnico da seleção. Renan evita entrar em polêmica, mas sabe que a seleção pode ter ’destruído’ a temporada da Cimed. E mais. Na Cimed todos estão conscientes de que sem Giba, o time não será campeão.
A Cimed está procurando na Europa o substituto. Para tanto, o clube terá que gastar cerca de 500 mil euros. Os jogadores considerados de primeira linha, dificilmente serão contratados. A estratégia da Cimed é ‘roubar’ um estrangeiro que atue no vôlei da Itália em equipes medianas como Roma, Monza, Sisley ou Vibo Valentia.
A Cimed pagaria algo em torno de 200 mil euros para contratar esse atleta. Outros 200 mil seriam usados para a rescisão de contrato no time de origem e os agentes receberiam cerca de 100 mil. A operação não sairá por menos de 500 mil euros.
Fonte:
UOL Esporte